Ministério francês é revistado no caso da transferência de Neymar para PSG
A polícia revistou o Ministério das Finanças da França na segunda-feira (15), no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de favores fiscais concedidos ao PSG durante a transferência do jogador de futebol brasileiro Neymar do Barcelona em 2017, relataram diferentes fontes nesta quinta (18).
A operação, revelada pelo veículo Mediapart, foi realizada na presença de dois juízes de instrução, disse uma das fontes próximas ao caso.
Os investigadores fizeram buscas em vários serviços da Direção-Geral das Finanças Públicas (DGFIP), dirigida até recentemente por Jérôme Fournel, atual chefe de gabinete do ministro Bruno Le Maire.
Desde setembro de 2022, dois juízes de instrução investigam as táticas de influência atribuídas ao ex-diretor de comunicação do PSG, Jean-Martial Ribes, de 57 anos.
A Justiça quer saber se o ex-deputado governista Hugues Renson tentou obter "vantagens fiscais" para o PSG durante a transferência de Neymar do Barcelona, que custou 222 milhões de euros (US$ 240 milhões ou R$ 1,18 bilhão na cotação atual), a mais cara da história do futebol.
Segundo esse informe, que analisa dez anos de mensagens telefônicas, Ribes pediu, "sem espaço para dúvidas (...) os serviços" de Renson.
Em 24 de julho de 2017, o também ex-vice-presidente da Assembleia Nacional afirma que levou uma "questão do PSG" - possivelmente a supervisão da transferência - para Gérald Darmanin, então ministro das Contas Públicas e atual ministro do Interior.
Darmanin "considera que está tudo bem (...) O que importa é que sejam apresentados os documentos que mencionamos", escreve Renson a Ribes.
Em seguida, o ministro celebra, publicamente, "os impostos que Neymar [poderá] pagar na França" e garantiu que seus serviços analisariam a configuração financeira da transferência.
No dia 3 de agosto de 2017, o acordo histórico foi alcançado e anunciado.
COMENTÁRIOS